Os Dharmapalas do Budismo e os Exus da Umbanda Trazendo seu Autoconhecimento

Por: Ryath (Inspirado por Senhor da Luz Prateada)

Ontem vi em uma comunidade espiritualista a seguinte mensagem:
-Despertar não é ser santo, mas, ao contrário disso, é estar ciente da própria escuridão.
Essa mensagem é parcialmente verdadeira, pois o sinônimo de despertar é o que o Catolicismo chama de ser santo, mas sim, o autoconhecimento consiste em enxergarmos nossa escuridão, defeitos e erros, mas é enxergar coisas também, que não são isso, e outras ainda que são nossas qualidades, luz e acertos, e isso não é para nosso ego, mas sim para nosso coração.
A autoestima é amor por si, não é vaidade, orgulho, arrogância ou autossuficiência.
Amor nunca é ego, é como Jesus ensina:
-Amai o próximo como a ti mesmo.
É enxergar nossa escuridão sem nos mal dizer, mal pensar ou mal sentir por nós mesmos, mas sim aceitar o que vemos, sem precisar nos depreciar por ver isso, e isso é humildade e autoestima também.
Mas vamos falar agora dos Dharmapadas e Exus.
No Budismo Esotérico as técnicas de meditação com os Dharmapalas, ou deidades iradas ou coléricas, elas servem para nos conscientizar e trabalhar nossas características negativas.
Existem técnicas em imaginar as deidades iradas que aparecem nas mandalas, pisoteando e esmagando nosso o fogo, com toda a raiva e assim desgastamos nossa raiva.
Na Umbanda os Exus são as entidades mais próximas de nós, não porque sejam menos iluminados, pois o trabalho deles é de limpeza, e ficam mais perto do nosso mundo.
O mundo espiritual positivo, fica em cima, o meio é o mundo dos encarnados, e no baixo estão seres negativados, é lidando com esses seres que os Exus e os Dharmaplas ficam, pois eles são os policiais do Plano Espiritual.
Tanto na Umbanda, quando no Budismo Esotérico, os guardiões nos protegem, e lidam com o que está mais próximo de nosso mundo, e são seres iluminados, pois se sacrificam indo a locais muito ruins para nos ajudar e aos seres que vivem nesses locais.
Os Exus na Umbanda também são seres que nos mostram nossa escuridão interior, como eles trabalham nas regiões sombrias, eles também lidam com nossas sombras interiores.
Aqui vemos mais uma vez, como fizemos em outros textos, que a Umbanda e o Budismo te muitas coisas parecidas.
No mundo espiritual os guardiões trabalham para nos ajudar, mas nessas duas crenças ficamos sabendo deles.
Os guardiões são representados, tanto no Budismo como na Umbanda de forma trevosa, isso para se proteger, dar medo aos espíritos negativados, pois são como policiais.
Porém cada espirito usa na religião que ajuda, uma roupagem, então no Budismo eles se apresentam de um jeito, e na Umbanda de outro.
Eles também tem nomes diferentes nas religiões que ajudam, assim como a forma que se manifestam.
No mundo espiritual sutil, o mundo é mais maleável, e os seres moldam suas apreendias de acordo com suas vidas passadas ou com o ambiente em que estão.
Quando um ser no plano espiritual, por exemplo, recorda de uma vida passada sua, o que acontece é que ele toma a forma de sua outra vida.
O autoconhecimento é uma coisa maravilhosa, e muitos se assucatam com o medo ou desconforto de olhar seus pensamentos, sentimentos e ações negativas, pois somos normalmente ignorantes delas.
Mas a forma de nos libertarmos de nossos defeitos, erros e ego em nossa personalidade, é enxergar e assumir eles, e aí deixamos de ter essas características, então o que alguns chamam de a grande alquimia é nos transformarmos a nós mesmos.
Não é ruim ter ego e defeitos, pois todo mundo tem, o que é ruim é não os enxergas, pois quando nos acostumarmos a ver eles, deixamos de nos incomodar com isso, podemos até nos valorizar por fazermos esse trabalho interior.
O certo e bom é nos valorizarmos por enfrentarmos nosso ego e defeitos, pois é com essa atitude, que é de luz e muito boa, é que vamos evoluir espiritualmente.
Não se atenha ao medo de enxergar os seus defeitos, mas sim valorize demais isso, pois ajuda demais e também é a verdade.
Valorize as coisas da luz, não das trevas, então valorize a sua coragem e confiança no bom caminho para enxergar seus defeitos e ego, não se atenha ao orgulho ou vaidade de não querer ver isso.
Quando você enxerga as coisas negativas em si mesmo, nos tornamos mais humildes, que é uma qualidade na luz.
Os espíritos que nos ajudam, como os guardiões, tanto da Umbanda como do Budismo, já passaram por isso, e hoje nos ajudam, e podemos contar com a ajuda deles.
Os Dharmapalas nos ajudam a nos mantermos no caminho e prática budista, sem deixar que seres espirituais negativados ou outros tipos de energia nos atrapalhem.
Na Umbanda os anjos da guara é que tem mais essa função, mas os guardiões também podem fazer isso.
No início, quando começamos a frequentar em centro de Umbanda, o que acontece é que muitas coisas nos desanimam, bate uma preguiça, e os guardiões podem nos ajudar nisso, pois nossa mente nos protege da mudança, e autoconhecimento é mudança.
Mas seres espirituais negativas podem agir nisso e nos atrapalhar.
Os centros de Umbanda e o Budismo visam ajudar os seres a atingirem a iluminação, a santidade, a ascensão, o Nirvana... E isso é muito bom, então vale a pena o trabalho que eles fazem, cujos maiores beneficiados são a nós mesmos, e depois os outros que vão ser ajudados por nós.
Não vejam os guardiões como seres inferiores, pois o trabalho que eles exercem é para nos ajudar, e são iluminados.
Confundir um guardião com o reino que ele trabalha, é como confundir um coletor de lixo com o próprio lixo, e isso é muito errado, e acontece a torto e a direita no Espiritualismo.
Vamos ajudar os seres que se sacrificam para nos ajudar, que caem em lutas contra seres negativados para nos ajudar, e se der, ajudar eles também.
O mundo é amor, o desamor é uma ilusão.
Gratidão a esses seres que nos ajudam tanto.
Pense nisso.
Fiquem com luz
Seres de luz

 

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